Produtores de castanha de Bragança querem os mesmos apoios do Algarve
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Produtores de castanha de Bragança querem os mesmos apoios do Algarve
O
Agrupamento de Produtores de Castanha Transbaceiro reivindica, para as
quebras na produção causadas pela seca, apoios do Estado idênticos aos
recentemente anunciados para os prejuízos na agricultura do Algarve.
O
agrupamento de uma das zonas de maior produção de castanha já tinha
pedido, em outubro, a intervenção do Governo para o que classificou da
"calamidade" que se abateu, na última campanha, sobre a produção de
castanha, em Trás-os-Montes, devido à seca extrema.
O
ministro da Agricultura, Capoulas Santos, respondeu que o Governo não
compensa perdas de produção como também não pede aos agricultores quando
têm excedentes. Os produtores de castanha sentem-se discriminados e
voltam a reivindicar apoio depois do anúncio de subsídios do Estado aos
agricultores afetados, nos últimos dias, pelo mau tempo no Algarve.
"Porque
razão vai ao Algarve - e muito bem - anunciar apoios e dizer que o que
aconteceu é um fenómeno da natureza, é imprevisível e, então, e a seca?"
questionou Carlos Fernandes, presidente do Agrupamento de Produtores de
Castanha Transbaceiro.
O dirigente
afirmou que aos produtores de castanha também servem os valores
anunciados pelo Governo para o Algarve e que consistem num apoio a fundo
perdido de 100% para prejuízos até cinco mil euros, 85% entre cinco mil
e 50 mil euros, e 50% entre 50 mil e 400 mil euros.
Segundo Carlos Fernandes, a maioria dos produtores de castanha estariam no primeiro escalão dos apoios.
"Se calhar, não há dez produtores que façam 100 mil euros de castanha", afirmou.
O
dirigente não entende que "furacões e inundações" sejam considerados
"fenómenos climáticos" e não a seca, quando "o Governo andou a dizer
todo o ano que o país estava em seca extrema e severa".
Além
deste agrupamento de produtores, também os municípios de Bragança e
Vinhais, os maiores produtores portugueses de castanha, reclamaram do
Governo apoios à produção por quebras que estimaram na ordem dos 50%,
devido à seca que não deixou o fruto desenvolver-se.
Numa
visita à região, em janeiro, o ministro da Agricultura, Capoulas
Santos, comparou o setor a outras atividades como uma sapataria ou um
restaurante, para justificar que o Governo não compensa perdas de
produção como também não pede aos agricultores quando têm excedentes.
In: https://www.jn.pt/economia/interior/produtores-de-castanha-de-braganca-querem-os-mesmos-apoios-do-algarve-9178763.html
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