Plano de combate à vespa das galhas do castanheiro realiza 700 largadas de parasitas até ao final do mês
Estão previstas, até ao final do mês de maio, 700 largadas dos parasitas que eliminam a vespa das galhas do castanheiro, uma praga que está a afetar a produção de castanha nacional.
Esta largada vai acontecer em 90 concelhos do país e tem um investimento previsto em 700 mil euros.
Por detrás desta ação está a RefCast – Associação Portuguesa da Castanha, que em coordenação com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e com as respetivas direções regionais do país e municípios, irá fazer a largada dos parasitas que têm a capacidade de matar esta vespa que ataca os gomos foliares, reduzindo o crescimento dos ramos e a frutificação.
Os parasitas que estão a ser largados pelo país foram importados de Itália e chegam acondicionados em tubos e envolvidos em gelo. De acordo com os responsáveis pela iniciativa, este é o método mais eficaz de combate à vespa das galhas do castanheiro.
De acordo com o vice-presidente da Câmara de Valpaços, António Medeiros, em declarações à Lusa, a produção de castanha representa um volume de negócios na ordem dos 60 milhões de euros para o concelho.
In: http://www.vidarural.pt/producao/plano-de-combate-a-vespa-das-galhas-do-castanheiro-realiza-700-largadas-de-parasitas-ate-ao-final-do-mes/
Ainda está escuro. O
chef Rodrigo Bellora levanta bem cedo, separa as cestas de vime, coloca
na caçamba da caminhonete e pega a estrada que leva às florestas de
pinus de Garibaldi e região. A chuva do dia anterior traz a promessa de
que, quando o sol sair, será um bom momento para a colheita de cogumelos
nativos.
O outono é temporada de cogumelos. E as matas da serra gaúcha tornam-se
palco de um espetáculo da natureza. É lá que brotam cogumelos porcini
(Boletus), muito apreciados na França e na Itália, e os cogumelos
espanhóis robellón (Lactarius deliciosus). Bastante comuns na serra
gaúcha, esses ingredientes fazem sucesso entre os bons de garfo e
protagonizam o cardápio dos restaurantes locais, como o Valle Rústico de
Bellora, durante a estação.
No mundo, estima-se que duas mil espécies sejam comestíveis, embora
cerca de apenas 20 sejam comumente cultivadas e comercializadas. Há
registros de que, no passado, tiveram apelo sagrado, como sugerem
representações gravadas em templos e sarcófagos do Egito Antigo, quando
eram apreciados apenas pelos faraós. Os orientais buscaram suas
propriedades curativas, como remédio e excelente reforço à imunidade.
No Brasil, o movimento de valorização e consumo de cogumelos - para além
dos mais comuns em prateleiras, como shimeji, shitake, paris e algumas
vezes até portobello - é recente. Mas Bellora garante que os imigrantes
italianos, quando chegaram à serra gaúcha, logo descobriram tais
maravilhas nas florestas. "Então, acredito que estamos redescobrindo o
potencial dos cogumelos, porque os antigos já usavam. É uma reconexão
com a natureza essa experiência de buscar a própria comida", reconhece o
chef.
Ainda que não se possa vê-los, eles estão lá. Cogumelos são grandes
cadeias subterrâneas que dependem de calor, umidade e açúcares. Eles
nascem em ambientes com excesso de matéria orgânica em decomposição,
como é o caso de bosques e florestas de pinus e eucaliptos do sul do
Brasil. A variação das condições climáticas causa um "estresse" nas
redes e, daí, saem os cogumelos para fora da terra. "O que a gente colhe
é a florescência dessas redes. É algo semelhante ao processo de
florescer das plantas", explica Bellora.
Estima-se que os brasileiros consumam não mais do que 160 gramas de
cogumelos por ano, enquanto que, em países como França e Itália, esse
número passa dos 2 quilos. "Eu acredito que o reino dos fungos ganhará
mais e mais espaço na alimentação. Já é extremamente importante. Quando a
gente começa a estudar a agricultura orgânica e biodinâmica, passa a
entender a importância dos fungos para o ecossistema. Matas com fungos
crescem mais rápido, por exemplo. Se temos queijos, pães, cervejas e
tantos outros fermentados, é graças à ação deles. E ainda faremos muitas
descobertas", comenta.
O preferido do chef? Depende do prato. "Se o lactarius não fosse tão
delicioso, certamente não teria delicious como sobrenome. Já porcini
parece até um lardo. É amanteigado. Não à toa, ganhou este nome: os
italianos realmente fizeram um comparativo com um porquinho. E tem ainda
a ramaria do eucalipto, que é uma descoberta do gringo. Este deve ser
consumido cozido. Com massa e manteiga fica sensacional!", descreve.
Cogumelos podem ser venenosos. A recomen - Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/especiais/vinhos_e_espumantes_2018/623695-terroir-da-floresta.html)
Chef Rodrig - Jornal do
Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/especiais/vinhos_e_espumantes_2018/623695-terroir-da-floresta.html)
Chef Rodrig - Jornal do
Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/especiais/vinhos_e_espumantes_2018/623695-terroir-da-floresta.html)
Chef Rodrigo Bellora
busca ingredientes no terroir da floresta
Bellora destaca a redescoberta do potencial dos cogumelos e a reconexão
com a natureza
Bellora destaca a redescoberta do potencial dos cogumelos e a reconexão
com a natureza
IGOR GUEDES FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO/JC
Ainda está escuro. O chef Rodrigo Bellora levanta bem cedo, separa as
cestas de vime, coloca na caçamba da caminhonete e pega a estrada que
leva às florestas de pinus de Garibaldi e região. A chuva do dia
anterior traz a promessa de que, quando o sol sair, será um bom momento
para a colheita de cogumelos nativos.
O outono é temporada de cogumelos. E as matas da serra gaúcha tornam-se
palco de um espetáculo da natureza. É lá que brotam cogumelos porcini
(Boletus), muito apreciados na França e na Itália, e os cogumelos
espanhóis robellón (Lactarius deliciosus). Bastante comuns na serra
gaúcha, esses ingredientes fazem sucesso entre os bons de garfo e
protagonizam o cardápio dos restaurantes locais, como o Valle Rústico de
Bellora, durante a estação.
No mundo, estima-se que duas mil espécies sejam comestíveis, embora
cerca de apenas 20 sejam comumente cultivadas e comercializadas. Há
registros de que, no passado, tiveram apelo sagrado, como sugerem
representações gravadas em templos e sarcófagos do Egito Antigo, quando
eram apreciados apenas pelos faraós. Os orientais buscaram suas
propriedades curativas, como remédio e excelente reforço à imunidade.
No Brasil, o movimento de valorização e consumo de cogumelos - para além
dos mais comuns em prateleiras, como shimeji, shitake, paris e algumas
vezes até portobello - é recente. Mas Bellora garante que os imigrantes
italianos, quando chegaram à serra gaúcha, logo descobriram tais
maravilhas nas florestas. "Então, acredito que estamos redescobrindo o
potencial dos cogumelos, porque os antigos já usavam. É uma reconexão
com a natureza essa experiência de buscar a própria comida", reconhece o
chef.
Ainda que não se possa vê-los, eles estão lá. Cogumelos são grandes
cadeias subterrâneas que dependem de calor, umidade e açúcares. Eles
nascem em ambientes com excesso de matéria orgânica em decomposição,
como é o caso de bosques e florestas de pinus e eucaliptos do sul do
Brasil. A variação das condições climáticas causa um "estresse" nas
redes e, daí, saem os cogumelos para fora da terra. "O que a gente colhe
é a florescência dessas redes. É algo semelhante ao processo de
florescer das plantas", explica Bellora.
Estima-se que os brasileiros consumam não mais do que 160 gramas de
cogumelos por ano, enquanto que, em países como França e Itália, esse
número passa dos 2 quilos. "Eu acredito que o reino dos fungos ganhará
mais e mais espaço na alimentação. Já é extremamente importante. Quando a
gente começa a estudar a agricultura orgânica e biodinâmica, passa a
entender a importância dos fungos para o ecossistema. Matas com fungos
crescem mais rápido, por exemplo. Se temos queijos, pães, cervejas e
tantos outros fermentados, é graças à ação deles. E ainda faremos muitas
descobertas", comenta.
O preferido do chef? Depende do prato. "Se o lactarius não fosse tão
delicioso, certamente não teria delicious como sobrenome. Já porcini
parece até um lardo. É amanteigado. Não à toa, ganhou este nome: os
italianos realmente fizeram um comparativo com um porquinho. E tem ainda
a ramaria do eucalipto, que é uma descoberta do gringo. Este deve ser
consumido cozido. Com massa e manteiga fica sensacional!", descreve.
Cogumelos podem ser venenosos. A recomendação do chef é a cautela.
"Existem os cogumelos comestíveis, mas há tantos outros tóxicos. E
importantes: eles são parecidos. Então a recomendação é deixar a
colheita para especialistas", adverte.
Cogumelos e opoder do umami
De gosto denso e profundo, produto realça sabores
De gosto denso e profundo, produto realça sabores
IGOR GUEDES FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO/JC
Um prato pode ter gosto salgado, doce, amargo e azedo. E também umami. A
palavra, de origem japonesa, significa "delicioso". Há vários
ingredientes e temperos conhecidos que carregam o que a ciência
determinou como "o quinto sabor" ao descobrir que existem receptores
específicos para ele na língua: o queijo parmesão, os peixes, os frutos
do mar, o tomate, o molho shoyo, algumas carnes e também os cogumelos
são ricos em umami.
O umami é composto pelo glutamato, pelo inosinato e pelo guanilato,
substâncias que realçam o sabor dos alimentos. O gosto é denso, profundo
e duradouro. O umami eleva o gosto das receitas sem aumentar a ingestão
de sal e provoca aumento da salivação e o prolongamento do sabor. -
Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/especiais/vinhos_e_espumantes_2018/623695-terroir-da-floresta.html)
Chef Rodrigo Bellora
busca ingredientes no terroir da floresta
Bellora destaca a redescoberta do potencial dos cogumelos e a reconexão
com a natureza
Bellora destaca a redescoberta do potencial dos cogumelos e a reconexão
com a natureza
IGOR GUEDES FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO/JC
Ainda está escuro. O chef Rodrigo Bellora levanta bem cedo, separa as
cestas de vime, coloca na caçamba da caminhonete e pega a estrada que
leva às florestas de pinus de Garibaldi e região. A chuva do dia
anterior traz a promessa de que, quando o sol sair, será um bom momento
para a colheita de cogumelos nativos.
O outono é temporada de cogumelos. E as matas da serra gaúcha tornam-se
palco de um espetáculo da natureza. É lá que brotam cogumelos porcini
(Boletus), muito apreciados na França e na Itália, e os cogumelos
espanhóis robellón (Lactarius deliciosus). Bastante comuns na serra
gaúcha, esses ingredientes fazem sucesso entre os bons de garfo e
protagonizam o cardápio dos restaurantes locais, como o Valle Rústico de
Bellora, durante a estação.
No mundo, estima-se que duas mil espécies sejam comestíveis, embora
cerca de apenas 20 sejam comumente cultivadas e comercializadas. Há
registros de que, no passado, tiveram apelo sagrado, como sugerem
representações gravadas em templos e sarcófagos do Egito Antigo, quando
eram apreciados apenas pelos faraós. Os orientais buscaram suas
propriedades curativas, como remédio e excelente reforço à imunidade.
No Brasil, o movimento de valorização e consumo de cogumelos - para além
dos mais comuns em prateleiras, como shimeji, shitake, paris e algumas
vezes até portobello - é recente. Mas Bellora garante que os imigrantes
italianos, quando chegaram à serra gaúcha, logo descobriram tais
maravilhas nas florestas. "Então, acredito que estamos redescobrindo o
potencial dos cogumelos, porque os antigos já usavam. É uma reconexão
com a natureza essa experiência de buscar a própria comida", reconhece o
chef.
Ainda que não se possa vê-los, eles estão lá. Cogumelos são grandes
cadeias subterrâneas que dependem de calor, umidade e açúcares. Eles
nascem em ambientes com excesso de matéria orgânica em decomposição,
como é o caso de bosques e florestas de pinus e eucaliptos do sul do
Brasil. A variação das condições climáticas causa um "estresse" nas
redes e, daí, saem os cogumelos para fora da terra. "O que a gente colhe
é a florescência dessas redes. É algo semelhante ao processo de
florescer das plantas", explica Bellora.
Estima-se que os brasileiros consumam não mais do que 160 gramas de
cogumelos por ano, enquanto que, em países como França e Itália, esse
número passa dos 2 quilos. "Eu acredito que o reino dos fungos ganhará
mais e mais espaço na alimentação. Já é extremamente importante. Quando a
gente começa a estudar a agricultura orgânica e biodinâmica, passa a
entender a importância dos fungos para o ecossistema. Matas com fungos
crescem mais rápido, por exemplo. Se temos queijos, pães, cervejas e
tantos outros fermentados, é graças à ação deles. E ainda faremos muitas
descobertas", comenta.
O preferido do chef? Depende do prato. "Se o lactarius não fosse tão
delicioso, certamente não teria delicious como sobrenome. Já porcini
parece até um lardo. É amanteigado. Não à toa, ganhou este nome: os
italianos realmente fizeram um comparativo com um porquinho. E tem ainda
a ramaria do eucalipto, que é uma descoberta do gringo. Este deve ser
consumido cozido. Com massa e manteiga fica sensacional!", descreve.
Cogumelos podem ser venenosos. A recomendação do chef é a cautela.
"Existem os cogumelos comestíveis, mas há tantos outros tóxicos. E
importantes: eles são parecidos. Então a recomendação é deixar a
colheita para especialistas", adverte.
Cogumelos e opoder do umami
De gosto denso e profundo, produto realça sabores
De gosto denso e profundo, produto realça sabores
IGOR GUEDES FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO/JC
Um prato pode ter gosto salgado, doce, amargo e azedo. E também umami. A
palavra, de origem japonesa, significa "delicioso". Há vários
ingredientes e temperos conhecidos que carregam o que a ciência
determinou como "o quinto sabor" ao descobrir que existem receptores
específicos para ele na língua: o queijo parmesão, os peixes, os frutos
do mar, o tomate, o molho shoyo, algumas carnes e também os cogumelos
são ricos em umami.
O umami é composto pelo glutamato, pelo inosinato e pelo guanilato,
substâncias que realçam o sabor dos alimentos. O gosto é denso, profundo
e duradouro. O umami eleva o gosto das receitas sem aumentar a ingestão
de sal e provoca aumento da salivação e o prolongamento do sabor. -
Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/especiais/vinhos_e_espumantes_2018/623695-terroir-da-floresta.html)
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