Produtores de castanha com financiamentos em atraso para novos soutos

Produtores de castanha com financiamentos em atraso para novos soutos

Está atrasado o pagamento dos financiamentos de projetos para a plantação de soutos novos no Nordeste Transmontano, candidatados a fundos comunitários.
Ainda que as candidaturas tenham sido aprovadas em 2017 os montantes financeiros ainda não chegaram aos agricultores, a maioria dos quais são jovens. Os atrasos foram denunciados pelo autarca de Bragança, Hernâni Dias, durante a abertura da Feira Internacional do Norte, Norcaça, Norpesca e Norcastanha, que está a decorrer nesta cidade até ao próximo domingo. "Os projetos estão avaliados e não houve decisão sobre o processo de financiamento, provavelmente não haverá capacidade financeira para suportar o volume de candidaturas submetidas", deu conta o autarca.
Questionado sobre estes atrasos, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, adiantou que se está a estudar a criação de um programa específico para o castanheiro no âmbito da medida 8.1.5 do PDR 2020 para o Norte no valor de 10 milhões de euros "que pode ajudar a fazer mudanças no setor", acrescentando que em março, durante a análise das candidaturas deste ano, "se for necessário poderemos avançar com um programa específico para o setor do castanheiro".
A fileira do castanheiro está em fase de crescimento e prevê-se que venha a crescer ainda mais. "Nos últimos cinco anos foram plantados cerca de 10 mil hectares de novos soutos em todo o país, o que significa um aumento de mais de 10 mil toneladas de castanha. A tendência é que as novas plantações sejam feitas em maiores altitudes, por causa da subida das temperaturas, mas é uma cultura com futuro", referiu Albino Bento, responsável pelo Centro Nacional dos Frutos Secos.
Em Trás-os-Montes a maior parte da castanha vende-se em fresco. Este ano nos campos está a ser vendida a cerca de 2 euros/quilo, mas já há empresas que estão a investir na congelação e na farinha. "Há outros produtos que podem fazer-se com castanha, como as conservas, em calda, mas faltam empreendedores", afirmou Albino Bento.
Castanha não falta durante a Feira Internacional do Norte, uma montra que oferece ainda vários produtos à base deste fruto seco, com uma aposta forte na doçaria.

In: https://www.jn.pt/local/noticias/braganca/braganca/interior/produtores-de-castanha-com-financiamentos-em-atraso-para-novos-soutos-10123570.html?fbclid=IwAR08HCX7wbBgfkKWu4REVDakYUo3pOk4QSHs9CJzTBT2loPRhz787w22vIg

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